Dicas
de Alimentação para cães
Há algumas décadas, dar ração para os
cachorros era uma prática distante, tanto pelo preço dos produtos quanto pelo
costume caseiro de oferecer ao animal às sobras das refeições. Hoje, é quase
impensável criar cachorros sem ração. Afinal, há para todos os bolsos, raças,
portes e até problemas de saúde. Mas também é possível sim alimentar os
bichinhos com comidas caseiras. Sempre com cuidado para não exagerar,
respeitando limites, itens e quantidades adequadas, mesmo se administradas
junto a rações.
Com a orientação de profissionais e o manejo
adequado não há contraindicação em oferecer comida humana aos animais. A
exceção fica principalmente para os carboidratos e produtos industrializados.
Confira abaixo 21 dicas de especialistas em
alimentação de pets e quais os benefícios e malefícios que alguns grupos
alimentares podem trazer.
- O alimento caseiro, quando é
oferecido respeitando limites, itens e quantidades adequadas podem ser muito
benéficos à saúde do animal, favorecendo a absorção de nutrientes e melhorando
a saúde intestinal entre outras vantagens.
- Como a alimentação humana é
muito rica em carboidratos pouco complexos, como os açúcares, entre os erros
mais comuns podemos encontrar o ganho de peso excessivo, diarreias e problemas
de dentes.
- É importante ressaltar que
quando o animal só se alimenta de ração e nunca recebe complementos fora de sua
dieta, a inclusão de alimentos naturais bruscamente aumenta o risco de
diarreia, por falta de adaptação da flora intestinal aos alimentos novos.
Então, todas as modificações nas dietas devem começar com pequenas quantidades
- Dificilmente encontra-se
justificativa plausível para contraindicação de frutas para cães. As frutas são
fontes de antioxidantes naturais e vitaminas muito benéficas para a saúde, além
de conter água e sais minerais. O tipo de açúcar contido nas frutas é ainda considerado
de boa qualidade. O segredo é a moderação, excessos de algumas frutas podem
causar alterações desagradáveis, porém nada sérias.
- Abacate é muito rico em
moléculas gordurosas e açúcares e, em excesso, pode causar diarreia além de
aumentar o risco de sobrepeso.
- Bananas possuem muito
carboidrato e seu excesso também aumenta o risco de sobrepeso. Ao contrário do
abacate, pode causar retenção das fezes.
- Uvas, frescas ou na forma de
passas, podem causar gases e, com isso, cólicas, pois possuem alto teor de
fibras fermentáveis. Ainda existe o risco de danos aos rins pelo conteúdo de
suas sementes.
- Mangas, apesar de muito
saborosas, o excesso, pelo seu teor de fibras não-fermentáveis, pode causar
amolecimento das fezes e redução da digestão dos nutrientes da ração.
- Problemas com verduras e
legumes cozidos só são demonstrados quando não existe um limite de inclusão na
alimentação. Legumes e verduras de forma geral são benéficos por serem
naturalmente fontes de vitaminas e minerais, com bons índices de digestão,
contudo devemos tomar cuidado com alimentos pobres em nutrientes e ricos em
apenas energia, que podem ocasionar sobrepeso e deficiências de nutrientes.
- Arroz branco e a batata inglesa
são fonte de energia de alta digestão, aumentam a concentração de glicose no
sangue e estimulam a liberação de insulina, mas são pobres em outros
nutrientes, não devem ser administrados como única fonte de alimento.
- Arroz integral tem o mesmo
problema do arroz branco, agravado pelo teor de fibras insolúveis e sílica,
aumentando a velocidade do bolo alimentar no intestino, reduz a digestão dos
outros nutrientes da dieta e aumenta o risco de diarréia.
- Legumes e verduras variadas,
como mandioquinha, couve-flor, brócolis, vagens, inhame, cenoura e beterraba,
cozidos e oferecidos misturados, geralmente não trazem nenhum tipo de problema.
- Tomates devem ser oferecidos
sem sementes, pois é onde se encontra a maior concentração de oxalatos, citados
como potencialmente lesivos aos rins. Esse é o mesmo problema do espinafre e de
alguns tipos de brotos, mas as quantidades oferecidas na alimentação
dificilmente alcançaria níveis tóxicos. Seus benefícios superam seus malefícios.
- Massas, pães, macarrão, bolos e
biscoitos, principalmente se forem doces devem ser evitados. Podem causar, se
forem oferecidos frequentemente sobrepeso, diabetes e outras complicações como
aumento de risco cardíaco e variação de pressão.
- Chocolate - possui substâncias
que podem ser tóxicos e excitantes para sistema nervoso e cardiovascular dos
animais, como a theobromina e a cafeína, chegando-se a atingir níveis tóxicos
quando são oferecidos quantidades acima de 5g por quilo do animal.
- Cebolas e alho são comumente
citados como tóxicos, mas como seu sabor é muito forte, dificilmente se atinge
os níveis de toxicidade. Em pequenas quantidades são excelentes
palatabilizantes (doadores de sabor) naturais com boa aceitação entre os
animais. A cebola em excesso pode aumentar a formação de gases.
- Pimentas devem ser evitadas por
causar certa irritação das mucosas, aumentar o risco de gastrite e outros
distúrbios do aparelho digestivo.
- Carnes, de forma geral, fazem
bem para cães e gatos, que são carnívoros em essência. O gato ainda mais que o
cão. Numa dieta diária natural, pelo menos 50% deve ser constituída de proteína
animal, como frango, carne, fígado e peixe, principalmente os brancos, que são
de leve digestão e não provocam alergias.
- Os outros 50% devem ser
balanceados com os demais grupos alimentares, levando em conta sempre peso,
idade e carga de exercícios realizada diariamente pelo animal. Dentro desses
outros alimentos, entram também arroz e milho cozidos, aveias e outros cereais,
além das verduras e frutas. A quantidade, porém, deve ser indicada por um
profissional.
- Leite e seus derivados são
alimentos saudáveis e importante fonte de cálcio para cães e gatos. O iogurte
natural, sem açúcar, deve entrar na dieta dos animais, principalmente dos mais
idosos, porque funciona como um probiótico necessários para regular o intestino.
- O azeite de oliva cru também é
ótimo para ser acrescentado na dieta, sempre em quantidade indicada por um
profissional, porque mantém a pele e os pelos bonitos. Aliás, gorduras não
podem faltar na alimentação porque ajudam na absorção das vitaminas
lipossulúveis.
- Uma dica é até colocar um pouco
de azeite na ração, caso o animal só se alimente com esse tipo de comida.
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